sexta-feira, 16 de julho de 2010

Em noites hei de lembrar-te!!


A noite caía rapidamente;
De repente a noite fez-se dia,
E no horizonte apenas destacava-se,
Somente uma estrela mostrando todo o seu brilho,
E nesta estrela esperança, planto no infinito do meu ser a sua imagem fulgente.
Tentarei esquecê-la,
Estrela minha!
Mas o seu brilho guardarei em meus olhos para iluminar o caminho.
Tentarei guardar esta dádiva apenas para mim,
Perpetuando-a e venerando-a como canção que ouço ao longe.
Uma canção linda, mesmo que tristeza.
E lembre-se que será sempre amada, mesmo que distante.
Percorrei lembranças e ficarei embriagado pelo desejo contido
Vendo-a ao longe sem poder tocá-la,
Assim fico a estar,
Vendo-a mansamente na eterna imagem de seu corpo,
Bailando no espaço indo ao encontro de outro alguém.
A espera já não é mais muda, nem indefinida, mas o desejo ainda persiste.
O sentimento queima e funde como náufrago...
Lúcido náufrago desse mar sem fim.
Sem medo carregarei o sabor do seu mistério,
Tentando quebrar, em mim, as algemas deste olhar.
Um olhar espantado, assustado...diante de grandes verdades.
Verdades nunca ditas antes.
Sei que meu destino é ficar admirando-te ao longe...
É ficar saudade...
Continuarei sendo apenas um Poeta,
Que você poderá ver voando no horizonte distante à procura do infinito.
Sonhando meus modestos sonhos.
Retornarei ao meu canto, e continuarei apenas com o pranto.
E, com certeza, encontrarei um manto para abafar minha dor.
Quando o poema desamanhecer
E a alma se desnudar ante ao sonho ainda nu,
Encontrar-te-ei num pensamento louco...
Acimentando lembranças
Desfacendo-me em poesias,
Prolongando-me entre as linhas,
Entre as vírgulas.

Daynor Lindner

Publicado no site: O Melhor da Web em 30/06/2009
Código do Texto: 32040

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